Selos Postais Mundo - RETRÔ88

Ir para o conteúdo

Selos Postais Mundo

Colaborador TOP

Fazer o Bem
Faz Bem


Para ajudar na sua exploração todo "Link" visitado muda a cor.
O Nascimento do selo: O primeiro selo reconhecido oficialmente pelos historiadores surgiu na Inglaterra em 1840; o seu nascimento se originou por causa da Revolução Industrial. O desenvolvimento das relações comerciais aumentou a necessidade de comunicação. O volume de correspondência cresceu tanto que os correios não davam mais conta dele. Era preciso encontrar um meio de facilitar o serviço.
A Inglaterra, que foi o motor da Revolução Industrial, resolveu o problema com uma reforma audaciosa, que entrou em vigor em 6 de maio de 1840. Primeiro, unificou a tarifa para o envio de cartas no interior do Reino Unido, independentemente da distância percorrida. Além disso, ficou decidido que quem pagaria a tarifa seria o remetente --- e não mais o destinatário, como acontecia até então.
A ideia do "pagamento antecipado", que hoje pode parecer óbvia, foi de sir Rowland Hill, que estava preocupado com a grande quantidade de cartas devolvidas, à custa do serviço público. Para garantir o pagamento antecipado, Hill inventou o selo um retângulo de papel com cola que a pessoa compra pelo valor impresso nele, para colocá-lo sobre a carta e depositá-la na caixa do correio, com a certeza de que chegará ao seu destino. O selo democratizou o correio.(Fonte:Manual do Filatelista da Nova Cultural e site Mundo estranho.abril)
Como iniciar uma coleção:
Durante quase dois séculos de existência, o selo tornou-se conhecido no mundo como um objeto de dupla finalidade: um meio de cobrar o serviço do correio e uma peça de coleção. Depois de acompanhar o seu nascimento e primeiros anos de vida na Inglaterra e nos países que o adotaram pioneiramente (como a Suíça e o Brasil), vamos deixar por um momento sua história e focalizar sua "segunda vida" - como peça de coleção.
Para compreender a existência do selo como peça de coleção, pode-se tomar como ponto de partida a antiga expressão - a arte é uma só, mas tem mil faces. Ela reflete muito bem o espírito da filatelia, que abrange os mais variados tipos de coleção. A escolha dependerá exclusivamente da vontade livre do colecionador. Convém começar apenas juntando um grande número de exemplares: é um bom meio de aprender a conhecer, manusear e classificar os selos.
Selos Novos e Usados:
Qual o selo que vale mais, um novo ou um usado? A resposta para essa questão bastante comum não é simples, nem pode ser genérica.
Antes de mais nada, é preciso determinar o que seja novo e usado. Ao mesmo tempo em que se inventava o selo, criava-se o sistema para anulá-lo - ou seja, demonstrar que ele já tinha servido como pagamento das taxas postais, representadas pelo preço nele escrito, essa anulação vem sendo feita imprimindo-se sobre o selo um carimbo ou chancela, com tinta.
Os carimbos de anulação podem ser bastante variados, mas cabem todos em duas categorias: aqueles criados só para anular os selos (marcantes e pesados, portanto, justamente para impedir que as marcas sejam apagadas e o selo utilizado novamente) e os carimbos ditos nominativos. Estes eram adotados por muitos postos de correio antes da chegada do selo e contêm o nome da localidade de despacho, eventualmente acompanhado por outras indicações, como dia, mês e ano.
Por selo novo entende-se um exemplar que não tenha sido carimbado.
Como Identificar um selo:
Imagine que você tem nas mãos alguns pequenos retângulos de papel que, à primeira vista, parecem ser selos. Seu formato e sua aparência combinam com os dos que já conhecemos. Eles apresentam figuras e inscrições e tem as beiradas dentadas.
Só que não são aquelas peças conhecidas, que você pode comprar facilmente numa agência de correio ou papelaria da esquina para mandar suas cartas. Não. Trata-se de algo diferente, vindo sabe-se lá de onde, e meio difícil de se reconhecer. Como fazer para saber o que ele representa ?
As pessoas se identificam mostrando seus documentos. E o selo , na verdade, é ele próprio um documento.
Para identificar um selo diferente dos que se compram nos correios, é preciso saber lê-lo. A leitura do selo consiste, sobretudo, em saber a origem dele.
Em geral, o nome do país emitente está estampado em letras claras, mesmo que a grafia seja diferente daquela a que estamos acostumados em português (do Brasil). Assim, " Polska " quer dizer Polônia; " Ceskoslovensko " é Tchecoslováquia; " Österreich ", Áustria; " Shqiperia ", Albânia; " Belgique ", Bélgica; " España ", Espanha etc. Para quem tem facilidade para línguas, não será muito difícil compreender que "Deutschland " significa Alemanha; " Helvetia " é Suíça; " Magyar " é Hungria; " Nederland " é Holanda.
Há também alguns países que usam siglas, como " U.S. Postage " é Correio dos Estados Unidos; " DDR " é República Democrática Alemã; e "V A R " é República Árabe Unida, nome usado em certa época pelo Egito.
A coisa se complica um pouco no caso de países que não usam nosso alfabeto. Conhecemos pelos que usam o alfabeto Grego e sua variante, o alfabeto cirílico. O Grego é usado apenas pelos correios da Grécia e de Chipre. No caso de Chipre, devido as diferentes populações que habitam essa ilha mediterrânea, os selos vem com inscrições em três línguas: Grego, Turco e Inglês. Nas emissões da Grécia, encontra-se a palavra grega " E Λ Λ A  Σ ".
O alfabeto cirílico só é usado pela União Soviética (Hoje Rússia) e pela bulgária. Todos os selos soviéticos tem a sigla " CCCP ", que equivale, em caracteres latinos, a " SSSR " (Soyuz Sovetskykh Sotsialisticheskikli Respublik). No caso da Bulgária, é bom aprender a identificar visualmente o nome do país em cirílico: Б Ъ  A  Г A P И Я .
Quanto aos selos mais exóticos, em muitos casos o colecionador recebe ajuda dos próprios países emitentes, que acrescentam caracteres latinos em suas  inscrições.
Atualmente, aliás, a União Postal Universal - agência especializada das Nações Unidas que se encarrega de intermediar as relações entre as administrações postais do mundo inteiro - torna obrigatório o uso dessa indicação para os países que adotam caracteres diferentes dos latinos e dos cirílicos.
Os selos japoneses, por exemplo, apresentam agora, ao lado de seus ideogramas, a palavra " Nippon ".
Mas, como reconhecer um valor japonês de anos atrás, quando não trazia palavras inteligíveis para os ocidentais ? É mais simples do que parece: o selo japonês tem uma flor estilizada, de dezesseis pétalas, representando o tradicional crisântemo. Ou mostra uma escrita parecida com o algarismo 8, em que as partes superior e inferior tem o mesmo tamanho e a forma de um retângulo um tanto alongado, em vez de círculo - esse é o ideograma que significa Japão.
Também não é difícil identificar os selos chineses. Basta reconhecer o ideograma que significa China e que figura em todos os selos desse país: um pequeno retângulo atravessado por um traço vertical. O traço sai fora do retângulo e, às vezes, vai se afinando para baixo.
Um caso todo especial é o dos selos ingleses: inventores do selo, os britânicos nunca escrevem o nome do país e se identificam apenas pela efígie de seus soberanos reinantes durante a emissão, salvo raríssimas exceções.
Dois dias do penny black até hoje, só existiram seis monarcas britânicos: assim, é bom se familiarizar com as imagens da Rainha Vitória, dos Reis Eduardo VII, George V (que se parece muito com seu predecessor, só que com o rosto mais magro), Eduardo VIII e George VI e da Rainha Elizabeth II.
Com pequenas indicações como essa e bastante atenção, é possível determinar a origem de todos os selos que chegam às nossas mãos.
Depois, também é preciso determinar se aquilo que parece um selo é realmente um selo. Poderia ser uma marca de carimbo ou um simples lacre de carta, e nesse caso não teria valor numa coleção de alguém que só se interesse por selos verdadeiros.
A solução do problema é fácil, pelo menos no que se refere a valores com letras latinas ou cirílicas: em algum lugar do selo deve estar impressa a palavra " correio " ou " correios " - em alemão, " post "; em inglês, " postage "; em francês, " postes "; em italiano, " posta " ou "poste "; em espanhol, " correio ". Em cirílico, se escreve " П O Ч T A ".
Assim, ficaremos preparados para identificar esses pequenos retângulos de papel denteado e assegurar que se trata de selos. A essa altura, estaremos aptos a procurá-los num catálogo de selos - onde certamente constam as três informações básicas necessárias para uma identificação filatélica mente precisa: o nome do Estado emitente, a data (ano) da emissão e algumas palavras referentes ao tema ou motivo que inspirou a emissão do valor postal em questão. Então a identificação estará completa.
O Equipamento do Filatelista:
Todo hobby exige que quem o exerça disponha de um certo número de instrumentos. Felizmente, as " ferramentas " necessárias ao exercício da filatelia se resumem a um pequeno número de objetos pouco custosos.
Deixamos de lado, por enquanto, o catálogo, que serve para identificar precisamente os selos, os álbuns, os classificadores e outros métodos de conservar as coleções. Inicialmente, vamos tratar apenas dos objetos que o filatelista utiliza para manejar e " reconhecer " os selos.
O instrumento principal, que não deve faltar no bolso do bom colecionador, é a pinça: os selos nunca devem ser manuseados - ou seja, nunca devem ser tocados com as mãos. Mesmo que as mãos não estejam sujas, os dedos sempre deixam suas marcas em tudo o que tocam. Com o tempo , as impressões digitais deixadas sobre os selos, mesmo que invisíveis a olho nu, podem ocasionar o aparecimento de halos, mofos e outras manchas - o que diminui consideravelmente o valor dos exemplares.
Foi para evitar esse inconveniente que se idealizou a pinça usada em filatelia: ela precisa ser leve e, se for de metal, deve ser inoxidável - do contrário, pode enferrujar, o que também prejudicaria os selos. É preferível que tenha pontas bem lisas ou arredondadas, pois só um colecionador com muita experiência pode pegar selos com pinças de pontas muito finas sem correr o risco de estragá-los. Convém ainda proteger a pinça com uma capinha de couro ou de plástico, para evitar que ela se suje no bolso.
Além da pinça, é preciso que o filatelista tenha sempre consigo outro objeto igualmente indispensável: uma lente de aumento.
A identificação exata de um selo e, portanto, seu valor, pode depender da presença de algum sinal característico, às vezes tão pequeno que dificilmente é notado a olho nu. Será preciso recorrer então ao auxílio de uma lente.
No começo, pode-se usar uma lente de plástico. Mais tarde, contudo o filatelista precisará de algo mais seguro e preciso: uma lente de cristal. Em filatelia, é preciso concentrar a atenção em detalhes minúsculos, de modo que uma lente circular com cerca de 3 cm de diâmetro é suficiente para o colecionador. Para uso normal, basta dispor de uma lente de aumento 5-6.
Para um filatelista especialista: precisará de um filigranoscópio, muitos selos são impressos em papel que apresenta por transparência, sinais ou desenhos mais claros, são justamente as filigranas, uma garantia contra falsificações, que costuma aparecer também nas cédulas de papel moeda. Em vários casos, um exemplar muda extraordinariamente de preço conforme tenha filigrana ou não, ou a tenha de um tipo ou de outro. Há também o filigranoscópio elétrico, no qual o selo é colocado entre duas pequenas placas de uma substância chamada rhodoid e apoiado sobre uma fonte luminosa: a filigrana fica evidente quando se interpõem alguns filtros coloridos translúcidos. Outra "ferramenta" indispensável é o odontômetro, uma régua filatélica que serve para medir os picotes ou dentes que existem ao longo das margens do selo. (Fonte:Manual do Filatelista da Nova Cultural)
Voltar para o conteúdo